Tendência nas grandes cidades, decorar apartamentos pequenos é sempre um grande desafio. Pela definição, quitinetes ou conjugados retratam a realidade de ambientes pequenos, com dimensões entre 20 e 35 m². Compactos, constituídos pela integração de sala, quarto, cozinha e banheiro, vêm ganhando cada vez mais visibilidade no mercado imobiliário.
No entanto, apesar dos ambientes pequenos, existe a possibilidade de realizar ótimas decorações e aproveitamento de espaço. “Muitas vezes, ao se deparar com o local, o morador tem vontade de inserir muitas coisas e não aproveitar o que temos, por isso é importante a presença de um profissional para auxiliar no projeto”, indica a arquiteta Elaine Benedetti.
De acordo com Elaine, a escolha das cores nos ambientes é de suma importância. “Usar tons claros nas paredes e pisos colabora para uma harmonia e extensão do local”. Apesar disso, a dica para quem gosta de tons mais coloridos, é usá-los nos objetos de decoração, “Enfeites, almofadas e itens que podem destacar o ambiente e até mesmo serem substituídos em determinados momentos são peças chaves também”, ressalta.
Além da cor, outro ponto é investir em ambientes integrados, que possibilitam uma melhor utilização do espaço e otimizam o mesmo. Isso inclui peças que colaboram, como a utilização de espelhos, que também propõe a ampliação dos cômodos.
A utilização de móveis muito grandes também pode barrar a locomoção e amplitude do imóvel. “A dica é investir em móveis funcionais que ocupam menos espaço, são funcionais e ainda colaboram para o aconchego e modernidade”, revela a arquiteta.
Carmem Avila, do escritório Carmem Avila Arquitetura, e a dupla de designers de interiores Lome Chung e Paulo Brites, do escritório Icono Projetos e Interiores, compartilham suas experiências na realização de projetos onde conseguiram oferecer funcionalidades para o dia a dia, além de contribuir para proporcionar as sensações de amplitude e aconchego.
Confira alguns dicas para ambientes pequenos:
- Circulação
“Para imóveis com pequena área útil, é essencial pensar que a circulação não pode ser prejudicada por móveis grandes e espaçosos”, conta Paulo Brites. Assim, o profissional e sua sócia, Lome Chung, optam por especificar armários funcionais e embutidos com dois objetivos claros: não ocupar espaço desnecessário e, ao mesmo tempo, comportar um volume significativo dos itens que integram a vida do cliente.
- Cores e decoração
Carmem ressalta que uma decoração mais homogênea corrobora para a amplitude e ainda ressalta que texturas, papéis de parede e tapetes coloridos “transmitem muita informação ao ambiente e podem carregar o espaço que já é reduzido”.
- Funcionalidade
“Os móveis soltos valorizam o imóvel e podem ser usados de formas múltiplas”, aconselha Paulo Brites. Os móveis e acessórios devem ser proporcionais ao tamanho do local e, multiuso, aproveitam espaço e função.
- Espelhos
O uso de espelho é um grande aliado para a decoração, contribuindo para que os ambientes pareçam maiores e os locais escuros se tornem mais leves e claros. Todavia, uma ressalva importante apontada pela designer Lome Chung: “usar com moderação é uma boa pedida, já que o excesso de espelhos pode deixar o apê desconfortável”.
- Iluminação
Ambientes pequenos necessitam de uma iluminação funcional e bonita. “Observar o pé-direito do imóvel é essencial para a instalação do projeto luminotécnico”, revela Carmem. Pendentes são bem-vindos sobre a bancada ou o criado-mudo, desde que não sejam instalados em corredores ou passagens.
- Quarto
Muitos proprietários optam por esconder a cama, mas não é obrigatório. “A cama é um item que faz parte da decoração e escondê-la ou não vai de acordo com o desejo do cliente”, explica Carmem. Para a arquiteta, é possível compor um ambiente com cama, móveis e objetos de maneira harmônica e sem ocupar muito espaço.