É comum encontrar pessoas que tenham medo de colorir a decoração. Parece fácil mirar em uma casa charmosa e alegre e adotar combinações que atrapalhem esse objetivo. A verdade é que colorir o lar não é nenhum bicho de sete cabeças. Expert e apaixonada pelo assunto, a arquiteta Ana Yoshida orienta sobre como aplicá-las com primor no décor.
O que você encontrará neste post:
Primeiros passos
A boa combinação de cores pode ser feita a partir de várias nuances que conversam entre si. Porém, também pode acontecer com a predominância dos neutros e de pinceladas pontuais de tons diferentes. A escolha deverá ser pautada pelo gosto do morador.
Uma boa pedida é escrever uma lista com a paleta preferida, variando entre tons frios e quentes, para nortear as decisões. A partir daí, vale testá-las e combiná-las umas às outras – seja com pedaços de tecidos ou comparações de tintas. “As cores podem ser combinadas pela proximidade de tonalidades ou por seus opostos”, aconselha Ana.
Sensações transmitidas pelas cores
A partir da arte milenar chinesa do Feng Shui, podemos definir algumas sensações ligadas a cada tom. Quartos, por exemplo, combinam com cores consideradas mais tranquilas, como azul e amarelo, enquanto o lazer combina com as nuances mais descontraídas e vibrantes, caso de laranjas e vermelhos.
Essa análise não significa que um quarto infantil não pode receber cores alegres. O segredo de toda decoração é equilíbrio e bom senso. Nesse quartinho, Ana Yoshida combinou azul, laranja e amarelo nos detalhes, incluindo o berço do bebê, em uma composição harmônica permeada por uma base neutra.
Revestimentos bem explorados
Cores podem aparecer em diversos elementos da decoração e não devem ser esquecidas nos revestimentos. “Eles podem ser explorados em suas diferentes texturas, formas, acabamentos e tonalidades”, conta Ana.
Nessa sala de estar, a arquiteta inseriu um elemento inusitado: uma faixa de azulejos laranjas que cruza o piso e segue até as portas de madeira. Além do recorte no revestimento, que reflete descontração e criatividade, há o aparador de laca verde-escura.
Na cozinha, as cores dos ladrilhos hidráulicos definem a área da mesa de jantar, quebrando a neutralidade da madeira e das paredes brancas.
Colorido em lugares incomuns
Os tons não precisam ficar só na área social. Na cozinha é possível envelopar a geladeira e o freezer em contraste com o resto do décor. Porque não investir nas pastilhas coloridas no banheiro? Na sala de banho, o turquesa rouba a cena.
O poder dos tapetes
Quando o assunto é cor, o tapete também pode transformar a casa. Apostando em tons chamativos e estampas, ele secciona os ambientes com bossa, como acontece no modelo azul do living. Em outros casos, ele não só confere textura, como compõe a base neutra que ajuda a ressaltar o restante dos móveis.
“O morador pode ousar. É legal escolher uma parede para inserir a cor, por exemplo, e integrá-la aos tons dos móveis. Usar uma cor forte para criar um ponto de destaque nos ambientes. O segredo é sempre o equilíbrio”, diz Ana.
Ana Yoshida Arquitetura e Interiores
Av. Morumbi, 1660, Jardim Guedala
Instagram: @anayoshidainteriores
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