Recife ganhará em breve o Yolo Coliving, um empreendimento inspirado nos colivings europeus, as famosas moradias com espaços compartilhados. A unidade de estreia da rede ficará no Recife Antigo. O prazo estimado em projeto para construção é de 24 meses, com início das obras previsto para o segundo semestre de 2022.
A principal proposta desse empreendimento é entregar uma solução Living as a Service (LaaS) -que nada mais é do que o fato de a moradia deixe de ser uma prioridade enquanto alto investimento financeiro, e passe a ser vista e entendida como um serviço.
“Importamos o modelo europeu porque ele valoriza boas práticas de comunidade, a troca de experiências e as conexões humanas, e não somente o retorno financeiro. Mas com todo o cuidado em atender as demandas culturais do nosso país e região”, afirma o CEO da Yolo, Diogo Nogueira .
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“Especialmente para os Millenials e as gerações mais novas, o mais importante não é ser dono do imóvel, mas colecionar boas experiências e nutrir o sentimento de pertencimento a uma comunidade com valores similares aos seus. É exatamente isso que queremos oferecer no Yolo, um empreendimento que nascerá baseado em construir relações humanas e oferecer facilidade de serviços aos seus hóspedes”, destaca Yves Nogueira, co-founder e Relações com Investidores (R.I) do YOLO.
O financiamento para a Yolo e o seu colivings europeus
O empreendimento da Yolo ficará no parque tecnológico do Porto Digital, mas prevê também uma expansão para outras capitais, como Salvador (BA), Fortaleza (CE) e Florianópolis (SC). O projeto receberá um aporte inicial de R$ 55 milhões.
O projeto de arquitetura
O coliving terá 7 mil metros quadrados, dividido em 225 unidades habitacionais, e cerca de 4 mil metros quadrados de área comum, que contará com 14 lojas. As unidades individuais terão quarto, banheiro e salas privativas. Nas áreas comuns, haverá lavanderia, cozinha coletiva, piscina, churrasqueira, salão de jogos, área de estar, sala de leitura, coworking e academia de ginástica.
Como as pessoas poderão alugar os espaços ?
- Estará em funcionamento uma plataforma tecnológica, que tem como foco a experiência do usuário, conectividade, eficiência e senso de comunidade.
- “Nossa plataforma vai cuidar de toda a jornada da estadia – antes, durante e depois -, garantindo a melhor e mais completa experiência em moradia para nosso público”, acrescenta Diogo Nogueira, CEO da nova empresa e também da Fundamento Incorporações.
- A plataforma vai permitir acesso automatizado às dependências do imóvel, solicitação de serviços e reclamações, informações sobre eventos, wi-fi, dentre outras facilidades.
- O aplicativo será capaz de analisar o perfil do usuário para escolher a solução mais adequada para aquele cliente, além de monitorar toda a sua jornada no coliving – desde orientações sobre bagagem e transporte até o check-in, que será desburocratizado.
- A contratação do serviço será totalmente online e com vários métodos entre as opções de pagamento.
- O pagamento único mensal dos apartamentos inclui a locação, o condomínio, o IPTU, água, luz, Wi-Fi, enxoval e limpeza.
- Os espaços comerciais serão alugados para academias, lavanderias, lojas e restaurantes.
A proposta de requalificar a área em seu entorno
O projeto da Yolo propõe a requalificação do espaço urbano do entorno, inserindo a habitação como uma função possível.
A expectativa é que sejam gerados de 250 a 300 empregos diretos somente com o projeto-piloto.
A tecnologia envolvida no empreendimento
O Porto Digital chega no Yolo com uma proposta inovadora: transformar o conceito de comunidade na moradia compartilhada com serviços 100% digitais. Na prática, o cliente vai poder realizar a maioria das operações por uma plataforma de tecnologia, desde as questões relacionadas a contrato, pagamento e documentação, até o acesso ao imóvel e acionamento de equipamentos.
Essas tecnologias são permitidas graças às soluções de IoT, que vêm ganhando cada vez mais espaços nos Smart Builds, tendência que se fortalece com a melhoria da infraestrutura de conectividade no país, a exemplo do 5G.
“Nas tecnologias já disponíveis no mercado, a negociação normalmente é feita entre dois atores (o locador e o locatário). E quando há o envolvimento de pessoa jurídica (uma corretora de imóvel, por exemplo), em algum momento é necessária a experiência cartorial (reconhecimento de assinatura, necessidade de fiador, etc). Mas no Yolo, a experiência tende a ser completamente digital. Os processos serão simplificados, reunindo todos os atores na mesma plataforma, possibilitando a autenticação digital, avaliação de cadastro, análise de perfil”, detalha o presidente do Porto Digital, Pierre Lucena.
O Yolo surge em duas etapas: o “Yolo Tijolo”, que é o empreendimento imobiliário em si, com 225 unidades habitacionais, além dos espaços de convivência compartilhada; e a plataforma Yolo, que vai permitir a imersão tecnológica, desde o processo de contratação e encerramento da unidade, solicitação de serviços do condomínio – como lavanderia e delivery -, acesso automatizado às dependências do imóvel, acionamento de todo o sistema no interior dos apartamentos, até obter informações sobre eventos na cidade.
“Apesar de estarmos falando de um empreendimento imobiliário, o Yolo Coliving também é uma proptech, uma empresa de tecnologia, uma plataforma de gestão de habitação plugada no primeiro empreendimento imobiliário”, afirma Italo Nogueira, sócio da startup e presidente nacional da Assespro (Federação das Associações das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação), entidade com 46 anos de atuação no país, que atualmente reúne mais de 2,5 mil empresas brasileiras de TIC.