Com o objetivo de refletir sobre como aconteceram os fluxos migratórios do Brasil, a Galeria Marco Zero inaugura nesta quinta-feira (26), a sua nova exposição, ‘Eu não enterrei meu umbigo aqui’, que tem curadoria de Galciani Neves.
A mostra ‘Eu não enterrei meu umbigo aqui’ se divide em três pontos onde apresenta a narrativa do ‘Exercício de permanência como resistência’, a forma de ‘Migrar para insurgir’ e, conclui com o ponto do ‘Desterro forçado’. “São olhares de diferentes históricos, procedências, gerações que, justapostos, trazem uma excelente reflexão para temas que são urgentes e necessários”, observa Marcelle Farias, sócia da Galeria Marco Zero .
Com acesso gratuito, a mostra fica em exibição até o dia 08 de abril.
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Conheça os artistas que participam da mostra
Na lista de artistas estão os nomes de Aislam Pankararu; André Vargas; Antonia Nayane; Bozó Bacamarte; Bruno Faria; Carmela Gross; Cícero Dias; Clara Moreira; Chico Albuquerque; Cristiano Lenhardt; Davi de Jesus do Nascimento; Edgar Kanaykõ Xakriabá; Elilson; Fernanda Porto; Fred Jordão; Guga Szabzon; Gustavo Caboco e Lucilene Wapichana; Ianah Maia; Janaina Wagner; Júlia Pontés; Juraci Dórea; Letícia Parente; Maria das Dores Cândido Monteiro; Maria do Socorro Cândido Monteiro; Maria Macedo; Marlene Costa de Almeida; Mestre Neguinha e Nanai; Rafael RG; Rubiane Maia; Tiago Sant’anna ; Tereza Costa Rêgo e Vitor Cesar.
Roda de conversa da mostra ‘Eu não enterrei meu umbigo aqui’,
No dia 27 de janeiro, às 18h, acontece uma Roda de Conversa com os artistas Juraci Dórea e Marlene Costa de Almeida. O encontro será mediado pela curadora.
Conheça os detalhes de como foi realizada a curadoria para a mostra
Galciani Neves conta que sua pesquisa para compor a expo ‘Eu não enterrei meu umbigo aqui’, foi em busca de personagens que tivessem histórias de vida foram marcadas por migrações e travessias. Dos personagens mais conhecidos estão a primeira mulher presa política do Brasil, Bárbara de Alencar; a Maria de Déa, mais conhecida como ‘Maria Bonita’; e a Iracema, que virou personagem do filme teuto-brasileiro ‘Iracema – Uma Transa Amazônica’ (1974).O título da exposição ‘Eu não enterrei meu umbigo aqui’ é uma referência a uma das falas de uma personagem do filme e significa a necessidade de deslocar-se para a sobrevivência.
A exposição mostra relatos artísticos reunidos em 60 obras sob o ponto de vista de 32 artistas brasileiros que fogem do ponto de vista do colonizador.