Existe um novo termo ganhando mais espaço entre arquitetos, designers e paisagistas: Biofilia. Fazendo o caminho inverso do caos urbano, ela traz como eixo a aproximação e o encontro do equilíbrio na relação homem-natureza. Diante de tantas transformações, onde a maioria parece morar em caixas apertadas de concreto, cresce a busca por velhos e bons hábitos: mais espaço verde, flores e qualidade de vida. Fabricantes, arquitetos, designers de interiores e paisagistas têm aproveitado o crescimento dessa proposta em projetos cada vez mais ligados ao bem estar, valorizando a sinergia do homem com a natureza. A paulistana Alice Izumi, arquiteta e paisagista, nos abre esse novo caminho, posto em prática no seu Estúdio, em São Paulo.
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Alice Izumi, uma das principais defensoras da Biofilia
A paulistana Alice Izumi, arquiteta e paisagista, nos apresenta esse novo caminho, posto em prática no seu Estúdio, em São Paulo. “Todo projeto apresenta um desafio, que abordamos por diversas óticas, buscando soluções harmônicas na relação entre o homem e o meio ambiente. Pensar que um projeto não é apenas um recorte no tamanho da planta baixa, mas que ele se integra a um espaço individual em casa, ao terreno (e a toda a vizinhança), ao bairro, à cidade, ao mundo. Sempre que procuramos otimizar, humanizar, esbarramos na natureza e isso se tornou uma frequente. A Biofilia, então, apareceu como um norte para nossos projetos”, conta.
Segundo Izumi, projetos onde somente existia a aridez do concreto ganham saltos de qualidade quando o paisagismo é inserido. “Fazer com que o cliente não só observe, mas faça parte da paisagem nos engrandece. Quando eles dizem que não querem mais sair do jardim, sabemos que estamos no caminho certo. Nossos projetos se traduzem em todos os portes: residência (com grande área ajardinada) uma varanda, um salão de cabeleireiro, um restaurante ou até mesmo um simples vaso, capaz de transformar um ambiente corporativo”, diz.
E esses projetos corporativos, ainda segundo ela, têm apresentado grande satisfação à sua equipe de trabalho. “É muito prazeroso ver como ganha em qualidade de vida, com a inclusão de elementos naturais e otimização de interfaces e fluxos. O Fordismo (automação) dá lugar à humanização, à Biofilia — dando valor ao ser e ao meio onde ele vive”, afirma.
Sobre o termo Biofilia
O termo foi popularizado pelo ecólogo americano Edward O. Wilson em seu livro de mesmo nome, publicado em 1984, portanto ao pé da letra, biofilia é o amor pela vida.
Biofilia na arquitetura
Em outras palavras, na arquitetura, o design biofílico busca reconectar as pessoas com o ambiente natural. É um complemento para a arquitetura verde, que diminui o impacto ambiental do mundo construído. Um exemplo é a inclusão de mais espaços verdes na cidade e a execução de design inteligente para cidades mais verdes que integrem os ecossistemas em um design biofílico.