Entre os dias 4 e 7 de abril, o Seminário Internacional Fortificações Brasileiras – Patrimônio Mundial: estudos para análise de modelos de gestão e valoração turístico-cultural, reunirá gestores de fortificações e agentes públicos do Brasil, da América Latina e da Europa. O evento acontece no Forte das Cinco Pontas, no Recife e os debates vão abranger modelos de gestão e a dinamização da atividade turística.
As fortificações brasileiras foram implantadas pelos europeus num processo de ocupação diferenciado das outras potências coloniais. Hoje, elas são uma porta de entrada para o turismo cultural no Brasil, incentivando o conhecimento e a apropriação do Patrimônio Cultural.
Um plano em estudo pelo Ministério do Turismo prevê melhorias no ambiente de negócios da área, com o incentivo à realização de parcerias público-privadas, e enfatizar que os monumentos ajudam a diversificar a oferta turística de destinos nacionais. De acordo com o ministro do Turismo, Marx Beltrão, por meio do seminário, com muitos debates, será definido a forma de gestão ideal para fazer das fortificações grandes equipamentos turísticos do país.
PATRIMÔNIO MUNDIAL
Durante o evento será discutida a candidatura de 19 fortificações, situadas em 10 estados brasileiros, que integram a Lista Indicativa Brasileira a Patrimônio Mundial da Unesco. O conjunto representa as construções defensivas implantadas no território nacional, nos pontos que serviram para definir as fronteiras marítimas e fluviais do País. A iniciativa vem sendo empreendida pelo Departamento de Articulação e Fomento (DAF) do Iphan em desdobramento aos entendimentos construídos junto aos Ministérios do Turismo e da Defesa e conta com a participação do Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização (Depam) do Instituto e da Superintendência do Iphan-PE. Na lista, Pernambuco entra com os fortes de Santa Cruz (Fort Orange), em Itamaracá, São João Batista do Brum e São Tiago das Cinco Pontas, ambos no Recife.
Para os debates e a realização das oficinas de trabalho, estarão presentes representantes de fotificações de 4 quatro países. Eles irão partilhar suas experiências na gestão dos bens: Fortaleza de Dalt Vila, em Ibiza, na Espanha; Castelo de São Jorge, em Lisboa, em Portugal; Castelo de San Felipe de Barajas, em Cartagena de Indias, na Colômbia; e Sistema de Fortificações de Havana, na Cuba. Também serão abordados casos como modelos de gestão para a realidade brasileira, como a Fortaleza de Tapirandú, em Morro de São Paulo, na Bahia, o Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, e o Forte das Cinco Pontas, no Recife.
A proposta é que, ao final do seminário, seja assinada a Carta do Recife, com diretrizes para o estabelecimento de parcerias público-privadas e para a certificação de destinos patrimoniais, visando, ainda, acordos específicos para cada fortificação com a definição de diretrizes de trabalho que deverão nortear o desenvolvimento das suas ações.