Quem for à 22ª Fenearte, vai poder conferir de perto o Espaço Sebrae de Economia Criativa, que ocupa uma área de 540m², onde estão disponíveis para exposição e vendas de produtos dos artesãos atendidos pela instituição. Por lá, 68 expositores distribuídos entre produtores de artesanato decorativo e utilitário, artigos da moda autoral pernambucana e produtores de gastronomia artesanal.
“Desde 2018 fizemos uma jornada criativa com Marcelo Rosenbaum para trabalhar novos produtos de com pessoas que não tinham sido aceitas pela curadoria da Fenearte. Todo ano preparamos os artesãos para que eles desenvolvam novos produtos. Em 2019 fizemos sobre moda autoral com Ronaldo Fraga, e aí veio a pandemia. Ano passado fizemos uma curadoria de pessoas que já tinham participado da Fenearte. Já esse ano, a demanda foi muito alta. Nosso trabalho é criar esses contatos de pessoas não só para a Fenearte, mas também para o ingresso no mercado”, detalhou a gestora de economia criativa do Sebrae/PE, Verônica Ribeiro.
Este ano, por causa das chuvas que trouxeram estragos para várias áreas da Região Metropolitana do Recife e das Zonas da Mata e Agreste do Estado, muitos artesãos tiveram prejuízos. “Tivemos uma artesã que foi prejudicada pelas chuvas. Duas artesãs que viriam ficar conosco, que são de Tracunhaém, perderam muita coisa e aí um artesão amigo convidou as duas para ficar no stand dele”, contou Verônica .
O trabalho do Sebrae acontece o ano todo, diversos artesãos do Estado de Pernambuco buscam a consultoria para absorver conteúdos de gestão para o seu negócio “Muita gente aqui já faz gestão financeira e de marketing conosco. Mas tem gente que é a primeira vez que participa da feira. Disponibilizamos um ebook de loja criativa para eles terem essa organização de como é acessar o mercado. Queremos dar oportunidade a aqueles que não conseguiram entrar, mas que possuem potencial, para que na próxima oportunidade consigam”, explicou a analista do projeto de economia criativa do Sebrae, Verônica Ribeiro.
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Conheça Cláudia Couto, uma das expositoras
Este é o segundo ano que a ceramista Cláudia Couto participa do Espaço de Economia Criativa do Sebrae. Ela que trabalhou a vida toda na área de TI, faltando um ano e meio para se aposentar foi desligada do trabalho e resolveu seguir a área do empreendedorismo ” Tive um chamamento da cerâmica e comecei a investir. Ano passado foi a minha primeira vez na aqui no Espaço do Sebrae. Vem sendo muito importante para mim este serviço que o Sebrae oferece. É muito importante o trabalho de fomentar a economia criativa, para que nós possamos participar das capacitações do lado empreendedor”, disse Cláudia Couto.
“Hoje eu fabrico em casa, em Recife. Eu modelo as peças em casa, levo para um forno, trago pra casa pinto e levo novamente para o forno. É um trabalho meu. Trabalhei durante tantos anos em TI, mas agora é um outro universo”.
A ceramista produz mensalmente cerca de 40 peças . E as encomendas podem ser feitas diretamente pelo canal do whatsapp. Ela já vem começando a ser reconhecida pelo seu trabalho, Hoje, alguns restaurantes de renome como o Varanda em Noronha, o Yūgō Premium em Boa Viagem, possuem pratos seus .
Rodada de Negócios na Fenearte
Por lá, também acontece a Rodada de Negócios até 09 de julho, nos modos presencial e remoto, sempre das 9h30 às 13h. Os interessados em participar no formato presencial podem acompanhar no 1º andar do Centro de Convenções, nas salas Triunfo e Tamandaré. Na edição de 2021, a Rodada contou com a participação de 16 lojistas e 71 artesãos, totalizando 87 participantes.
Neste ano, a expectativa é que 150 inscritos participem, entre artesãos e lojistas, com uma estimativa de R$ 3,8 milhões em negócios gerados para os artesãos.
TOP 100 de Artesanato
Durante a Fenearte, os artesãos poderão se inscrever na premiação Top 100 de Artesanato. O Espaço Sebrae de Economia Criativa disponibilizou um ponto de inscrição para os interessados em participar da 5ª edição da premiação.
De volta neste ano, o prêmio vai selecionar as 100 unidades de produção artesanal mais competitivas do Brasil. Os critérios de avaliação levam em conta, além da qualidade dos produtos, práticas de gestão, inovação, compromisso cultural, sustentabilidade, condições de trabalho e muito mais.
“A votação vai até o final do ano, onde logo após os escolhidos serão apresentados a avaliadores convidados pelo Sebrae Nacional. É um prêmio voltado para o desenvolvimento e gestão produtiva da organização do artesão”, explicou Verônica Ribeiro.