Um lugar que conta histórias e revela sentimentos em todos os cômodos. Três casas que se transformaram em uma, entre a Ladeira da Misericórdia, a Rua do Amparo e o Beco das Cortesias. A primeira, comprada em 1970 pelos arquitetos Acácio Gil Borsoi e Janete Costa, passou por uma reforma em 1972 para que o segundo prédio fosse incorporado. No início dos anos 90 o conjunto recebeu a terceira casa – chamada pelo casal de “pousada”, por ser mesmo o pouso de amigos e parentes que visitavam a família.
Na entrada social, um pórtico de pedra antigo garimpado por Borsoi dá as boas vindas. O lar da filha Roberta Borsoi – com nove quartos, varandas debruçadas sobre as calçadas olindenses, salas, piscina, jardins – conserva o interior praticamente igual ao deixado pelos pais. São objetos garimpados em viagens ao redor do mundo e nos mais diferentes recantos do Brasil, obras de arte e móveis desenhados por Janete e Borsoi (como algumas mesas, sofás e um aparador de tora).
Quando Roberta nasceu, a casa era a residência oficial da família e foi lá que as lembranças da primeira infância foram plantadas. “Os nossos Carnavais sempre foram inesquecíveis aqui, com todo mundo reunido. Foi muito marcante esse tempo”, diz ela.
““Moram”com ela, o marido e os dois filhos, esculturas de madeira de Nicola, o famoso cavalo de um antigo carrossel austríaco, comprado em Portugal (esperado por seis meses, entre a compra e a chegada em Olinda), santos de Roca, telas de Roberto Burle Marx, obras do genro Zé Paulo, cerâmicas de Francisco Brennand, cadeira de Fernando Rodrigues (Ilha do Ferro-AL), esculturas de Irinéia (AL), José Veríssimo e do mestre Expedito Santeiro (PI), arte do alagoano Vieira e do sergipano Zé do Chalé, além de coleções de pilões de pedra, vidros, telas, peças de arte moderna e contemporânea e de mestres da arte popular. E lá mora também a presença viva de Janete e Borsoi.
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