A arquitetura arruma solução para todas as necessidades do homem. E foi pensando em resolver a urgência de encontrar um espaço para acomodar o novo escritório do Estúdio Campetti, que os arquitetos e sócios, Márcia Campetti e Tiago Campetti, descobriram no subsolo de uma antiga casa alemã um local onde se pudesse trabalhar com liberdade a composição do espaço.
No local de 90m², a preocupação dos arquitetos era se o pé direito de 2,10m (1,90m abaixo de algumas vigas) não impediria o bom funcionamento do estúdio. Solucionaram a questão com o rebaixamento de toda a circulação que o espaço necessitaria e começaram a distribuir os ambientes nos cômodos periféricos.
Por ser um antigo subsolo, o ambiente possuía apenas uma porta de acesso com uma pequena janela e mais uma porta aos fundos para um pátio interno do terreno. Então as primeiras mudanças foram a ampliação da porta frontal, transformando toda a parede da frente em uma porta deslizante de vidro.
Materiais mais brutos em essência
A criação de uma grade de vergalhões para essa porta e a abertura das divisões internas, antes muito segmentadas e fechadas, agora se abrem para a circulação, permitindo a ventilação cruzada e um maior aproveitamento da luz natural. As soluções de iluminação foram pensadas para liberar o teto e otimizar os espaços.
Os arquitetos desenharam o mobiliário que utiliza materiais mais brutos em essência, aliado ao refinamento na execução. O que mostra a possibilidade de se trabalhar com sofisticação qualquer material, desde que se respeitando suas características.
A escolha de materiais estruturais utilizados, como acabamentos, conecta a atividade do “pensar” da arquitetura com o “executar”, como é o caso da estante montada a partir de um andaime, transformando um elemento que antes servia apenas de suporte para quem trabalhava no canteiro e agora pode ser utilizada pela equipe de projeto.